quinta-feira, 26 de março de 2009

PESQUISADOR AFIRMA QUE REDUÇÃO FISCAL TORNARÁ RIO POLO DE TELESSERVIÇO



Para se tornar um polo de telesserviços do País, o Rio precisa dar incentivos fiscais às empresas que pretendem se instalar no estado e, com isso, provocarem o surgimento de novos postos de trabalho. A afirmação foi feita pelo mestre em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) Roberto Madruga durante o lançamento, no auditório da Escola do Legislativo do Estado do Rio (Elerj), do livro “Call centers de alta performance – manual indispensável para todos que buscam a excelência no atendimento”. “Estamos perdendo espaço nesse setor para São Paulo, Belo Horizonte e Recife, que estão apostando nos incentivos. Nos últimos oito anos, o Rio já perdeu 50 mil empregos. Na pesquisa que fizemos, e que atingiu 20% das operações de telemarketing, ou seja, algo responsável por 150 mil empregos, as reduções de impostos, como o ISS e o ICMS, lideraram o ranking dos pedidos feitos pelas empresas para virem pro estado”, apontou Madruga.

As preocupações do pesquisador foram compartilhadas pelo presidente da Comissão Especial da Assembleia Legislativa do Rio para acompanhamento do projeto de lei 2.673/07, a Comissão do Call Center, deputado Gilberto Palmares (PT). “Durante os trabalhos da comissão, temos conversado muito sobre o setor. Os incentivos fiscais nessa área ajudariam a fortalecer a tese de que o telemarketing tem um papel importante na geração de mão-de-obra e, por isso mesmo, merece ser alvo de políticas públicas”, assegurou o petista. Palmares chamou atenção para dois fatores importantes da pesquisa realizada de Madruga que originou o livro: a necessidade de melhorias em infraestrutura para a criação de um polo (o autor chegou a citar o entorno da Avenida Brasil) e a urgência de uma discussão para a revisão dos altos valores de ICMS que incidem sobre a telefonia.

Também participaram do lançamento do livro o presidente do Instituto Municipal de Urbanismo Pereira Passos (IPP), Felipe Góes, e representantes da Secretaria Especial de Desenvolvimento Econômico Solidário da Cidade do Rio, de empresas de call center e de sindicatos dos operadores de telemarketing.

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